MINAS
REMOÇÃO DE CIANETO DAS ÁGUAS RESIDUAIS DO PROCESSO DE LIXIVIAÇÃO DE OURO
O cianeto é frequentemente usado em minas de ouro para um processo de extração chamado “Lixiviação” ou “Cianetação de ouro” que consiste na separação do componente solúvel (ouro) da massa sólida (mineral) usando um solvente (Cianeto). É uma forma simples e econômica para o processamento mineral para recuperar o ouro, cobre, zinco e prata; mas foi criada uma grande controvérsia na última década devido ao seu alto impacto no meio ambiente.
Para o processo de lixiviação (um procedimento que deve ser realizado ao ar livre), os mineiros derramam uma solução a base de cianeto sobre enormes pedaços de mineral que contêm ouro e depois de ter ocorrido a reação, a solução da lixiviação é coletada em tanques ou contêineres; esta solução é aplicada uma certa quantidade de vezes sobre o pedaço do mineral e, deste modo, a separação do ouro é obtida.
PROBLEMAS
A maior desvantagem deste procedimento é o fato que o cianeto é extremamente tóxico e letal para os organismos vivos. Por exemplo, uma pessoa pode ser advertida para não beber águas residuais a partir desse processo, mas nada impede que os pássaros ou mamíferos bebam esta água quando ela é armazenada nos tanques de coleta ou depois que ela tenha sido descarregada em rios ou mar. Além do mais, estes tanques de coleta podem apresentar vazamentos ou transbordamentos, o que pode ter uma impacto imenso nas criaturas vivas do mar e flora natural dos rios e lagos.
Por outro lado, quando o cianeto destruiu metais pesados, ele pode formar outro complexo de metais ou soluções químicas que podem ser letais como o próprio cianeto.
FAUNA AQUÁTICA
Todos os peixes e invertebrados aquáticos são especialmente sensíveis à exposição ao cianeto, já que ele inibe a absorção de oxigênio nas células e deste modo ele faz com que os animais sufoquem. Os organismos aquáticos podem resistir até uma determinada concentração de cianeto (geralmente, alguns microgramas por litro); os pássaros e mamíferos terrestres resistem a alguns miligramas por litro.
Concentrações de aproximadamente 5,0 e 7,2 microgramas por litro na massa de água reduz a mobilidade e inibe a reprodução na maioria das espécies de peixes. Outros efeitos negativos são a mortalidade tardia, a doença, a predisposição à predação, respiração interrompida, dispersão osmorreguladora e padrões de crescimento alterados. O grau de sensibilidade dos organismos aquáticos depende das espécies e é altamente influenciado pelo pH, temperatura, nível de oxigênio da água e o estado de desenvolvimento do animal.
FLORA AQUÁTICA
As algas e macrófitas podem tolerar níveis maiores de cianeto que os peixes e invertebrados; geralmente, elas demonstram os efeitos negativos quando as concentrações alcançam 160 microgramas por litro ou mais. As plantas aquáticas, geralmente, não são afetadas pelos níveis de cianeto que são letais para os peixes e invertebrados aquáticos.
MEIO AMBIENTES ANAERÓBICOS
Sob condições anaeróbicas, a atividade microbial pode degradar o cianeto de amoníaco, que se encontra mais à frente oxidado em nitrato. Estes processos são eficientes quando a concentração de cianeto alcança 200 microgramas por litro.
Existem muitas tecnologias especialmente desenvolvidas para a remoção do cianeto da água, como:
- Oxidação com cloração alcalina
- Oxidação com ozônio e raios UV
- Oxidação com peróxido.